Fixado em 7,9% para 2013, o índice nacional de reajuste salarial dos professores frustra as expectativas do magistério, mas cria condições ao governo do Estado para aprofundar negociações numa nova política. Com o índice de 21% anunciado pelo MEC no início de 2012, governo estadual e prefeituras municipais avisaram a impossibilidade de aplicação. Agora, com os 7,9%, o cenário muda completamente.
A diretoria do Sinte/SC e o sindicato estão de férias até o final de janeiro. A presidente Alvete Bedin anunciou a retomada das atividades, com reunião do Conselho Estadual de Educação, em 28 de janeiro. A pauta está definida: descompressão da tabela salarial e pagamento da dívida de 13,17%, pendente do reajuste de 2012, e mais os 7,9% deste ano. No ano passado, o reajuste foi de 22,22%. O governo concedeu reposição linear de 8% para todos os servidores, em duas parcelas.
O secretário de Educação, Eduardo Deschamps (PSDB), esteve ontem em Brasília, tratando exatamente do novo piso salarial. Vem mantendo entendimentos constantes com o novo secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni (PSD), e com o coordenador de Relações Governamentais, Décio Vargas. Objetivo comum: estudos para descompressão da tabela salarial do magistério.
Segundo Vargas, a tabela que vem sendo trabalhada será mais enxuta, com redução dos níveis, para viabilizar a descompactação salarial, uma das maiores aspirações dos professores.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação estava reivindicando aumento com base no INPC mais 50% do Fundeb, o que daria um reajuste de 9%. Os secretários estaduais e municipais de educação defendiam apenas o INPC, que resultaria em cerca de 4%. O MEC optou pelos 7,9%. A entidade marcou greve nacional para os dias 23, 24 e 25 de abril.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12735.
Editoria: Política.
Coluna: Moacir Pereira.
Página: 6.