Doutor em Sistemas de Transportes, Ivo Reinhold defende que os valores oferecidos pelas empresas para o lote 4 da BR-470 estão dentro do patamar do mercado. Em uma análise do trecho, Reinhold calculou o custo por quilômetro quadrado e estima que o ideal deva ficar entre R$ 250 milhões e R$ 280 milhões, considerando o aumento de preços dos materiais nos quatro anos em que a obra será executada.
Para o especialista, o temor pela demora nas desapropriações pode ter afastado as empreiteiras, que correriam o risco de ter prejuízo com paralisações pela burocracia.
– Esse é um dos fatores. E o material está a cada dia acrescendo o valor. As empresas colocam uma margem de segurança – analisou.
Professor de Engenharia Civil da Univali e doutor em Sistemas de Transportes, Gilmar Cardoso não descarta a possibilidade de as empresas estarem jogando alto o preço por desconhecer o total orçado pelo Dnit, uma das premissas do Regime Diferenciado de Contratações Públicas.
– Como o mercado da construção está aquecido, as empresas podem fazer isso. Se fosse décadas atrás, a disputa seria bem acirrada.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12769.
Editoria: Geral.
Página: 11.
Jornalista: Cristian Weiss (cristian.weiss@santa.com.br).