Governo quer estadualizar ferrovia

O governador Raimundo Colombo está propondo ao governo federal a estadualização da Ferrovia do Frango, que ligará Itajaí a Chapecó, numa extensão de 622 km. É aspiração catarinense há mais de 25 anos.

O secretário do Desenvolvimento Econômico, Paulo Bornhausen, está enviando documento a todos os senadores e deputados catarinenses para que se empenhem nesta nova solução. Ela se viabilizaria pela formação de uma empresa de Parceria Público Privada, em que o governo federal atuaria como sócio majoritário e o governo estadual como segundo sócio, coordenando a execução.

A nova posição do governo catarinense foi adotada, depois que o governo Dilma Rousseff excluiu a Ferrovia do Frango do PAC 2. O secretário Bornhausen declara que esta decisão surpreendeu o governo, o Fórum Parlamentar e a todos catarinenses. Ele mostra a troca de correspondência entre o governador e o ministro dos Transportes. Em 13 de julho de 2011, Colombo enfatizou em ofício ao ministro Paulo Passos, a importância do complexo ferroviário entre o Litoral e o Oeste. Definiu a estrada de ferro como fundamental para a economia do Estado.

Em resposta de 13 de setembro, o Ministro dos Transportes informou que os estudos de viabilidade econômica e do EIA-Rima estavam sendo conduzidos pelo DNIT. Surpreendentemente, a Ferrovia do Frango foi excluída do PAC 2, sem qualquer justificativa oficial ao governo catarinense.

O PAC 2 prevê tronco ferroviário, mas com um ramal atravessando o Estado em direção ao Rio Grande do Sul, e outro desviando para o Porto de Paranaguá, no Paraná.

O ministro dos Transportes estará quarta-feira falando no Congresso dos Prefeitos. Vai ser cobrado sobre a exclusão da ferrovia do PAC 2.

Veículo: Jornal Valor Econômico.
Edição: 12773.
Editoria: Política.
Coluna: Moacir Pereira (moacir.pereira@gruporbs.com.br).
Página: 6.