Quinta-feira, foi assinada a ordem de serviço para a duplicação de dois dos quatro lotes em que foram dividos os 73,2 quilômetros da BR-470. Pela primeira vez, o caminho da duplicação é irreversível. Ao lado da BR-101, a 470 é a mais importante artéria de Santa Catarina. Pelas pistas da rodovia, atravessam pessoas e mercadorias que contribuem para uma soma impressionante. Por ela, passam 40% das cargas do Estado, 4 mil contêineres e quase 70 mil veículos por dia na temporada de verão.
Mas a falta de infraestrutura também causa prejuízos econômicos, com a dificuldade e a falta de segurança para transportar as mercadorias importadas e exportadas para os portos catarinenses. Ainda mais urgentes são as vidas que se perderam em acidentes. Em 25 anos, mais de 2,3 mil pessoas morreram na estrada, além de inúmeras vítimas que sobreviveram e cujas sequelas não deixam apagar as marcas da violência no trânsito. A maioria das fatalidades ocorreu por colisão frontal ou lateral, situações que tendem a desaparecer com pista duplicada.
A duplicação que começa agora tem data para terminar: três anos, 11 meses e 10 dias. Mas os transtornos ao trânsito não serão poucos. Cerca de R$ 1,3 bilhão serão investidos e pelo menos 900 lotes serão desocupados para dar espaço às vias marginais e viadutos.
– Se tudo correr bem, em dois anos já se começa a trafegar em pistas duplicadas – estima Elifas Marques, superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Rio do Sul.
Duplicar a BR-470 será um desafio. Em Blumenau e Indaial há a maior ocupação urbana e o maior tráfego. Em Ilhota, o solo argiloso e úmido é o maior entrave. E você terá o papel de zelar por este patrimônio. Vire a página e conheça a rodovia que você ajudará a duplicar!
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12898.
Editoria: Geral.
Página: 19.
Jornalista: Cristian Weiss (cristian.weiss@santa.com.br).
