Falta de autonomia para escolha de investimentos provoca críticas

SÃO JOSÉ – A lista de presença registrou que 203 prefeitos estiveram no encontro promovido sexta-feira pelo governo federal. A ministra do Planejamento, Mirian Belchior (PT), afirmou que o PAC2 vai investir R$ 19 bilhões no Estado até 2014. Mas, a exemplo do que ocorreu na marcha dos prefeitos, em Brasília, as promessas de mais verbas e equipamentos vieram acompanhadas de críticas.

A principal delas é em relação à escolha do investimento. A reclamação é de que quem estaria definindo o que investir nas cidades é a União, e não a prefeitura. No evento, foram entregues as chaves de 35 retroescavadeiras para municípios da Grande Florianópolis e da região Norte de Santa Catarina, considerando que, se o local tem baixo IDH, precisa desse equipamento.

– Um exemplo são essas máquinas. Talvez um mamógrafo fosse mais importante para um desses municípios, um que já esteja bem avançado em pavimentação – disse José Castelo Deschamps (PP), prefeito de Biguaçu.

Também participaram do evento a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT) – organizadora do encontro -, o do Trabalho, Manoel Dias (PDT), e o do Turismo, Gastão Vieira (PMDB). Todos apresentaram programas e realizações do governo federal.

– Muito discurso, mas pouca prática. É marketing – avaliou o prefeito de Chapecó, José Claudio Caramori (PSD).

O prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB), foi um que elogiou a iniciativa. Afirmou que é uma oportunidade para ter mais acesso a informações técnicas sobre projetos e convênios.

– Precisamos adequar nossas propostas às exigências da União. Esta padronização é muito importante. E a vinda de recursos, entre eles, do PAC 2, depende deste processo de captação – disse.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12910.
Editoria: Política.
Página: 8.