Também é no território catarinense onde se vive por mais tempo. O IBGE destaca que em SC a expectativa de vida é de 76,8 anos, o que representa oito anos a mais do que no Piauí, onde se registrou a pior expectativa. O professor do curso de Medicina da Univali e mestre em Saúde da Família Alessandro Scholze, alerta que isso não significa necessariamente um aumento da longevidade dos catarinenses.
Ele explica que muitas pessoas de outros estados vêm morar em SC depois que se aposentam. O professor de Medicina lembra que os números não mostram ainda as diferenças de expectativa de vida nas várias regiões de SC, o que pode esconder deficiências nos cuidados.
O secretário-adjunto da Saúde em Santa Catarina, Acélio Casagrande, reforça que as equipes de saúde da família também fazem o acompanhamento para que as pessoas mantenham os cuidados com a saúde até a velhice. O secretário acredita que os investimentos em leitos hospitalares também possam ajudar a aumentar a longevidade, dando um atendimento mais rápido.
Um grupo que ainda merece mais cuidados são os homens que, segundo ele, procuram menos o médico, por preconceito ou por achar que não têm necessidade.
Especialista defende aprimoramento
O professor Scholze complementa que melhorar a expectativa não é prolongar a vida de quem já é idoso ou quase idoso, mas aprimorar o atendimento desde as crianças, com pré-natal e imunização necessária. O professor chama a atenção também para outras faixas etárias.
– Hoje se enfrenta uma grande mortalidade de pessoas em idade produtiva por violência e acidente de trânsito. Reduzir essas causas externas é fundamental para aumentar a expectativa de vida futuramente em SC – pondera.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12910.
Editoria: Geral.
Página: 16.
Jornalista: Gabrielle Bittelbrun (geral@santa.com.br).