Médicos do exterior estão sem trabalhar

 

Nenhum dos 21 intercambistas contratados pelo programa Mais Médicos deve começar a trabalhar no Estado nos próximos dias. Como motivo está a incompleta documentação enviada pelo Ministério de Saúde ao Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc). Segundo órgão responsável pelos registros provisórios, em todos os casos faltam comprovantes básicos, como cópia legalizada do diploma, comprovante de habilitação para exercer a medicina fora do país e documento de filiação do médico.

Após 11 dias no Estado e uma semana de palestras e capacitações em Florianópolis, a população das 16 cidades selecionadas esperava que os profissionais começassem o trabalho a partir de ontem. Porém, o Cremesc não tem uma previsão de quando os pedidos serão liberados, já que aguarda o posicionamento do Ministério da Saúde em relação aos documentos faltantes. A assessoria da pasta afirmou que a solicitação está sendo analisada, mas ainda não há uma data de retorno.

Profissionais aguardam liberação nas cidades

O presidente do Cremesc, Vicente Pacheco Oliveira, observa a necessidade de que toda a documentação exigida pela Medida Provisória que criou o programa seja entregue. Ele é categórico ao afirmar que, apesar de não concordar com a forma como o Mais Médicos está sendo direcionado, não existe nenhum boicote ou má vontade em relação à atuação dos estrangeiros no Estado.

Os estrangeiros e brasileiros formados no exterior chegaram em Santa Catarina no dia 14 deste mês. Na última sexta-feira, cada município buscou o profissional e é responsável pelas despesas de moradia e alimentação deles a partir de agora.

O secretário de Saúde de Apiúna, Amarildo José Moser, assim como os demais municípios, aguarda com urgência a liberação do registro. Desde sexta-feira o intercambista Eric Sanders Gomes, brasileiro formado na Argentina, está na cidade com cerca de 10 mil habitantes. Ele será apresentado à população hoje, deverá atuar na unidade de saúde do Centro e morar em um apartamento alugado pela prefeitura. Os gastos com alimentação e moradia não devem ultrapassar o valor de R$ 1.871 mensais.

– Enquanto aguardamos, o médico vai ficar fazendo planejamento e se adaptando à realidade do município.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Editoria: Geral.
Jornalista: Mônica Foltran (monica.foltran@diario.com.br).