Uma das estratégias usadas pela administração em Botuverá é facilitar o acesso da população às políticas públicas. O prefeito José Luiz Colombi explica que para manter a agricultura como fonte de renda das famílias, apoia a diversificação fornecendo, inclusive, maquinário:
– Se o agricultor chega aqui e diz que quer plantar milho, ele não precisa comprar nada. Basta ter o pedaço de terra e pagar uma taxa. A prefeitura tem a máquina para preparar a terra, semear, e até secador de grãos.
O coordenador do Núcleo de Empresários de Botuverá da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Edson Vanelli, acredita que um dos fatores que permite a igualdade de renda é justamente a falta de mão de obra para todos os setores, o que faz aumentar os salários oferecidos. Ele afirma que um profissional na área de movelaria, por exemplo, que ganha entre R$ 1,2 mil e R$ 1,3 mil em cidades do Norte do estado, pode ganhar até R$ 2,2 mil em Botuverá.
Para o diretor do Centro de Ciências Jurídicas da Furb, professor Antônio Marchiori, a colocação das cidades pequenas no ranking pode ser explicada pela facilidade de distribuição de renda. Esses municípios geralmente não precisam de grandes investimentos em ser serviços básicos, o que faz com que sobre recurso para benefícios, isenções, o que atrai empresas, aumenta a arrecadação e gera mais dinheiro para outras áreas.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 13138.
Editoria: Economia.
Página: 8.
Jornalista: Aline Camargo (aline.camargo@santa.com.br).