ITAJAÍ – Apesar do alarde feito pelo governo do Estado em torno da duplicação da rodovia Antônio Heil (SC-486), que liga Itajaí a Brusque, e da promessa que os trabalhos começariam ainda em 2013, o edital para contratação da empresa responsável pela obra só saiu no início deste ano. A demora para tirar a proposta do papel ocorreu em função do atraso na aprovação do projeto. O resultado da licitação deve ser divulgado até a primeira quinzena de junho.
O andamento do processo é mais um passo para concretizar o antigo sonho da região, depois de mais de um ano de espera. Segundo o diretor de planejamento e projetos do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), William Wojcikiewicz, a licitação está na fase de análise das propostas das empresas. Ele diz que o atraso no edital ocorreu pela demora da aprovação do projeto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Autopista Litoral Sul, principalmente em relação à interseção com a BR-101.
– As propostas foram entregues em abril e estão em análise. Depois do resultado, ainda precisa ser homologado. Além disso, tem um trecho em Brusque que será feito através de convênio com os Irmãos Fischer, que vão pagar a obra e descontar do ICMS devido ao Estado. Este pedaço já começou – explica.
Wojcikiewicz ressalta que o projeto da duplicação é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o recurso está garantido. Segundo ele, serão investidos R$ 148 milhões nas obras de duplicação dos 24,6 quilômetros da Antônio Heil, sendo R$ 30 milhões para a interseção com a BR-101. A rodovia recebe tráfego diário de 20 mil veículos.
Conforme o consultor de programas especiais do Deinfra, Flávio Volpato, o processo de licitação teria iniciado dia 18 de dezembro do ano passado, mas a tramitação foi em 2014:
– Depois do resultado vem a parte administrativa, fase de recursos em até cinco dias úteis, homologação, contrato e assinatura da ordem de serviço.
A estimativa do Deinfra é que a obra inicie logo depois da assinatura da ordem de serviço, ainda sem data para ocorrer. O prazo para conclusão é de dois anos. Já a obra de responsabilidade da empresa Irmãos Fischer corresponde a um trecho de 3,2 quilômetros (entre o Km 20,907 e o Km 23,931), em Brusque, e está em andamento. O valor previsto é de R$ 24,7 milhões, que será abatido do ICMS que a empresa deve ao Estado.
Hoje está agendada uma reunião entre a Fischer e o Deinfra para tratar sobre a reclamação de moradores do bairro Limoeiro, em Brusque. Eles reivindicam indenização porque as obras estariam prejudicando as casas. O Deinfra alega que as moradias foram construídas na faixa de domínio que pertence ao Estado.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 13155.
Editoria: Geral.
Página: 11.
Jornalista: Maikeli Alves (geral@santa.com.br).
