Nesta sexta-feira (2), será entregue o processo de registro do “Modo de saber fazer do queijo kochkäse da Região do Vale do Itajaí” como patrimônio imaterial ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A solenidade ocorrerá às 9h30, na AMMVI.
Na ocasião, o Iphan receberá a documentação reunida desde 2009 para comprovar a prática como bem cultural de natureza imaterial. Constam no processo o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) e o dossiê contendo cartas de anuências de pessoas físicas e jurídicas que comprovam o envolvimento comunitário que o tema desperta na região do Vale do Itajaí, mais especificamente dos municípios com predominância da colonização alemã como Blumenau, Pomerode, Indaial, Timbó, Benedito Novo e Gaspar.
Blumenau participou da iniciativa contribuindo com o inventário, que foi feito pela Furb. A prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Empreendedorismo (Sedec), contribuiu com os estudos de sanidade do queijo, liberando reagentes para que a universidade fizesse os estudos preliminares microbiológicos.
O evento é promovido pela AMMVI, com a parceria da Prefeitura de Blumenau, Furb, Epagri, Governo de Santa Catarina, Vale Europeu e Associação dos Clubes de Caça e Tiro.
Sobre o queijo kochkäse
O kochkäse é um queijo originário da Alemanha, trazido pelos imigrantes para a região do Vale do Itajaí. Tradicionalmente, é feito a partir do leite cru, coagulado naturalmente e em seguida prensado para retirar o soro. Estima-se que nos seis municípios abrangidos pelo processo de registro do Iphan, cerca de 100 famílias, entre produtores rurais de leite e feirantes, fabriquem o queijo dessa maneira.
Com a abertura do processo, o modo de fazer do queijo kochkäse poderá ser reconhecido como patrimônio cultural imaterial, o que o tornará uma iguaria relevante e transformará o hábito alimentar em característica cultural destas cidades.
Com informações da Secom Blumenau.