Desde a segunda semana de janeiro está sendo construído no estacionamento da Comunidade São Cristóvão, no bairro Aymoré, em Guabiruba, o palco da 22ª edição do espetáculo “Paixão e Morte de Um Homem Livre”, realizado pela Associação Artística Cultural São Pedro. A obra agora entra na reta final, levando em consideração a tomada de tempo e o início dos ensaios, já na segunda quinzena de fevereiro.
“Em junho do ano passado este projeto começou a ser desenhado com duas possibilidades, dependendo do ator profissional que fosse contratado. A partir desta definição montamos uma estrutura que não muda, mas que pode sofrer pequenos ajustes”, afirma a coordenadora cenográfica do espetáculo, Marina Carminatti Zen.
Segundo ela, uma das novidades desta edição é que o narrador não terá um palco fixo. Exatamente porque Jesus vai contar sua própria história de morte e ressurreição e transitará por todos os palcos. No entanto, o que mais deve chamar a atenção do público é o momento da crucificação que, diferente das últimas edições, acontecerá no palco central. “Isso já foi feito há muitos anos e é o desafio que assumimos para 2019. O palco central vai elevar, subir um pouco mais do que a passarela, para que a crucificação e o sepulcro aconteçam bem próximo das pessoas. Isso provoca um outro impacto, rico em detalhes. Será possível ver com mais clareza o movimento dos personagens em cenas que perdiam um pouco da sua expressividade por conta da distância do público”, pontua Marina.
Ao todo, quatro cenários serão erguidos no palco. São estruturas grandes, fixadas no mesmo lugar, com a proposta de receber cenas diferentes. O maior desafio desta logística, de acordo com Marina, é adaptar um cenário onde está prevista as cenas da Casa de Maria, da Santa Ceia e da flagelação. “Foi o projeto mais desafiador e conversamos muito para chegar a um acordo, inclusive com a participação dos contra-regras, que são os responsáveis por essa transformação. A casa de Maria precisa ser acolhedora. Já a Santa Ceia tem elementos bem específicos e que logo depois precisam ser retirados para a flagelação”, detalha.
Para que tantas mudanças aconteçam sem que o público perceba, a equipe de cenário aposta no jogo de luzes do próprio espetáculo. Assim, quando uma cena inicia em determinado palco, uma grande equipe se movimenta em silêncio na outra extremidade, fazendo as adaptações necessárias para as cenas seguintes.
Segurança
Com 760m², o palco do “Paixão e Morte de Um Homem Livre” é diferente das abordagens anteriores e se adéqua ao roteiro do espetáculo. Construído a partir de uma planta feita por arquitetos, ele tem todos os alvarás necessários para garantir a segurança do local, especialmente para os mais de 300 atores que devem estar envolvidos com esta edição.
A partir de agora, a supervisão da obra é semanal, já que os ensaios se aproximam. “No dia 24 de fevereiro é o nosso encontro com os atores pela primeira vez aqui no local e a expectativa é que se esgotem as vagas para atuar no espetáculo. Isso nos dá tranquilidade na coordenação dos ensaios”, comenta Marina.
Assessoria de imprensa da prefeitura de Guabiruba.