Em assembleia geral realizada no dia 2 de junho, os prefeitos do Médio Vale do Itajaí apresentaram ao secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, pauta de demandas da região na área da saúde, em especial para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Na ocasião, os prefeitos reforçaram pedido por manutenção e ampliação de leitos de terapia intensiva (UTI), apoio para instalação de centros de reabilitação para pessoas com sequelas do vírus, habilitação e financiamento para centros de triagem nos municípios. Além disso, expressaram preocupação com uma eventual nova onda de contágio de Covid-19 e baixa cobertura vacinal.
O presidente da AMMVI, Kleber Wan-Dall, prefeito de Gaspar, falou também da necessidade de acelerar a imunização dos grupos prioritários e avançar na vacinação por idade. “Para os municípios, é importante ainda autonomia de deliberar por algumas questões pontuais do Plano Estadual de Imunização, de forma a possibilitar o atendimento às peculiaridades locais e dar mais celeridade à vacinação contra a Covid-19”, sugere Wan-Dall.
O secretário de Estado alertou que o estado pode passar por nova onda da pandemia nos próximos meses, pois a chegada do inverno, a baixa cobertura vacinal, o aumento de casos ativos e a rede hospitalar já trabalhando no limite máximo formam um cenário preocupante. Segundo ele, o inverno facilita a propagação de doenças respiratórias e, eventualmente, pode exigir UTI para tratamento dos pacientes.
Motta explicou que, atualmente, as pessoas infectadas por Covid-19 são mais jovens e ficam internadas em leitos de terapia intensiva por mais de 15 dias. Conforme ele, aumentou em 400% o número de acometimento de pacientes entre 30 e 50 anos. “A rede de oferta de UTIs trabalha há muito tempo no limite máximo, nossos recursos estão sendo exauridos, os profissionais de saúde não aguentam mais, são 15 meses de pandemia. A previsão é que julho seja um mês extremamente complexo”, desabafa o secretário de Saúde.
“O cenário ainda é crítico, a pandemia não passou. Nosso desafio continua sendo conscientização coletiva e aumento da vigilância e fiscalização das regras restritivas já impostas”, reforça o presidente da AMMVI. Por isso, é imprescindível que as medidas sanitárias amplamente difundidas sejam mantidas: máscara, distanciamento social, lavagem e limpeza de mãos e superfícies, ambientes arejados e não aglomerar.
Michele Prada, Ascom AMMVI.