Categoria leva greve à votação

FLORIANÓPOLIS – Em uma nova assembleia da categoria, marcada para as 16h de hoje, no CentroSul, os policiais civis decidem os rumos do movimento por melhorias salariais. Não houve avanços na reunião de ontem no Centro Administrativo, e a possibilidade de greve por tempo indeterminado nas delegacias será levada à votação.

Os líderes sindicais evitaram falar sobre o estado de greve, mas a tendência de radicalização ganhou força porque as principais reivindicações da categoria não teriam sido atendidas pelo governo. A reunião foi com o secretário de Estado da Administração Milton Martini e teve a presença do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública (Sintrasp) e Associação dos Delegados de Polícia (Adepol). O delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila, também esteve presente.

– Não queremos prejudicar a população, mas vamos respeitar a decisão soberana da assembleia – disse o presidente da Adepol, delegado Renato Hendges.

Além de reajuste, categoria reivindica redução de cargos

Dirigentes do Sinpol projetam participação maior no número de policiais em relação à assembleia realizada no mês passado, que contou com a presença de cerca de mil policiais. Segundo o Sinpol, caravanas de várias regiões do Estado estarão na Capital. Além de reajustes salariais, o grupo reivindica compactação da carreira de agentes para quatro categorias – e não oito, como é hoje – e carreira jurídica para os delegados. Também será avaliado o boicote à Operação Veraneio.

A Secretaria de Segurança Pública não quis se manifestar sobre a possibilidade de greve na Polícia Civil e informou que o delegado-geral está convocando os policiais civis para atuarem na Operação Veraneio. 

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12406
Editoria: Geral
Página: 18

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