Desacelera a geração de empregos

BLUMENAU – A cidade fechou o mês de novembro com 247 novas vagas de trabalho. Foi o pior desempenho para o mês desde 2008, quando, na época, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou o saldo negativo de 560 vagas e o país enfrentava os efeitos da crise econômica internacional. No mês passado, o melhor desempenho entre os setores de Blumenau foi do comércio, com a criação de 510 vagas. O segmento de serviços também teve resultado positivo, com 181 novos postos. Os piores saldos ficaram com a indústria de transformação (-276), construção civil (-89) e administração municipal (-73).

No Estado foram geradas 12 mil vagas. A cidade que teve a maior geração foi Florianópolis (1.635), seguida por Balneário Camboriú (810) e São José (784). Blumenau ficou em 12º no ranking que inclui, ao todo, 36 cidades. Santa Catarina teve o terceiro melhor desempenho no país, perdendo para o Rio de Janeiro (24.867) e Rio Grande do Sul (12.875).

A abertura de vagas formais no Brasil em novembro, de 42.735, foi a menor de todos os meses de 2011, segundo o Caged. Em novembro do ano passado, a abertura líquida de vagas formais foi de 138.247. Segundo o Ministério do Trabalho, órgão responsável pelo Caged, o desempenho foi consequência de fatores sazonais e conjunturais. A crise internacional teria repercutido negativamente na Indústria de Transformação.

O resultado nacional também comprova desaceleração. Em novembro, o Brasil registrou a criação de 42.735 vagas com carteira assinada em novembro. Este é o pior resultado para o mês desde 2008, quando o saldo líquido ficou negativo em 40.821 em novembro. Na comparação com igual mês de 2010, quando foram criados 138.247 empregos, houve uma queda de 69%.

No ano, o país gerou 2,3 milhões postos de trabalho entre os meses de janeiro a novembro, contra, 2,9 milhões do mesmo período de 2010. Em 12 meses, a geração de empregos atingiu 1,9 milhões postos de trabalho, correspondendo ao aumento de 5,23%, na comparação com o mesmo período de 2010.

Segundo o Ministério do Trabalho, o "modesto desempenho" no mês passado decorreu da conjugação de fatores sazonais e conjunturais. "Os efeitos da crise internacional parecem estar repercutindo com maior intensidade no setor da Indústria de Transformação, que, nesses últimos meses, vem demonstrando sinais de perda de dinamismo", afirma o documento. 

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12407
Editoria: Economia
Página: 11

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