Perdas serão debatidas hoje

A exemplo das polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros também sofre com a falta de efetivo. Entre 1998 e 2011, o 3º Batalhão, em Blumenau, perdeu 11% do quadro de pessoal, caindo de 92 para 82 homens. Enquanto isso, a população do município cresceu 18%, entre 2000 e 2010, anos em que ocorreu o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A solução para acabar com este déficit já está em Blumenau, mas depende das autoridades aceitá-la ou não. Uma turma com 40 alunos começou a ser treinada na última semana. Todos fazem parte do grupo de 250 candidatos que passaram no concurso público do Estado, no início deste ano. Segundo o subcomandante do batalhão, tenente-coronel Evandro Carlos Gevaerd, o número é suficiente para recompor o efetivo de toda a regional, que compreende 15 municípios. As chances disso acontecer, porém, são pequenas.

– A expectativa é que 25 a 30 desses alunos sejam destinados ao nosso batalhão. O restante deve ser encaminhado para outras cidades – explica Gevaerd.

Hoje, o batalhão conta com 82 bombeiros que se dividem nos setores administrativo, de vistorias e atendimento à emergência. Diariamente, há 17 homens trabalhando na sede da corporação e em outros dois quarteis, um no Distrito do Garcia e outro no Bairro Itoupava Norte. Em média, são feitos 20 atendimentos por dia, a maioria ligados a acidentes de trânsito. Somente de 2010 para 2011, o número de chamados atendidos aumentou cerca de 80%.

Para trabalhar com o efetivo adequado, conforme Gevaerd, seriam necessários 98 bombeiros. Ele ainda explica que, além de Blumenau, Timbó, Benedito Novo, Rio dos Cedros e Brusque sofrem com a falta de pessoal. Ano passado, vieram seis bombeiros para a região e, até dezembro, três homens irão se aposentar.

Presidente da Associação dos Conselhos de Segurança de Blumenau (Aconsegs), Salete Sbardelatti afirma que a luta por mais efetivo para os bombeiros é tão necessária quanto para as polícias:

– São profissionais fundamentais para a segurança da cidade. Apesar da falta de pessoal, eles atendem de maneira formidável, mas sabemos que com o déficit tudo fica mais difícil.

Um dos planos que podem sair do papel com a vinda de mais efetivo é a instalação de uma base no Bairro da Velha. O quartel seria útil para a comunidade, já que o atendimento em alguns pontos do bairro leva até 20 minutos entre a saída da viatura, do Centro, e a chegada ao local.

– É necessária a instalação deste quartel lá, mas para isso é necessário ter efetivo – diz o subcomandante Gevaerd.

Formação

O curso de formação de bombeiros tem duração de aproximadamente oito meses. Nesta turma, são 40 alunos, 36 homens e quatro mulheres. O treinamento compreende aulas de direito militar, salvamento aquático e combate a incêndio

 

Data: 07 de maio de 2012
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12523
Editoria: Geral
Página: 10
Jornalista: Tatiana Santos

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