O lixo nosso de cada dia

A sueca Borás é uma cidade modelo em gerenciamento de resíduos sólidos (leia-se, lixo). Lá, menos de 1% do que é descartado pela população é jogado em aterros sanitários. Menos de 1%. Os outros 99% têm três destinos: reciclagem, produção de biogás e incineração. O biogás está sendo usado no aquecimento das casas. Além disso, abastece a frota de veículos do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos, os ônibus do transporte coletivo e, mais recentemente, passou a abastecer veículos de particulares.

O exemplo de Borás é a base do plano de gerenciamento de resíduos sólidos que os municípios do Médio Vale querem implantar na região. Os suecos estão em Blumenau nesta semana. Já conheceram aterros e empresas que trabalham com resíduos, como a Momento Ambiental. Hoje e amanhã participam de um importante seminário na Furb que deve reunir mais de 200 pessoas interessadas no tema. É um dos assuntos do momento. Ninguém suporta mais a ideia de viver rodeado de aterros. Na realidade, ninguém deveria suportar mais a ideia de jogar fora o lixo sem se preocupar com o destino que ele terá.

O dever de casa dos políticos está sendo feito. Lentamente, como bem sabemos, mas e o nosso dever de casa? A quantas anda?

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12745.
Editoria: Economia.
Coluna: Mercado Aberto.
Página: 10.
Colunista: Francisco Fressard (francisco@santa.com.br).