A votação que derrubou os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei de distribuição dos royalties do petróleo, em março, teve um voto fraudado. Inquérito da Polícia Legislativa apontou que a assinatura do deputado Jorge Oliveira, o Zoinho (PR-RJ), foi falsificada.
O nome do parlamentar estava na relação dos votantes, mas Zoinho estava em viagem no momento da votação. A ausência foi confirmada com o cartão de embarque apresentado pelo deputado.
Não há indícios de quem teria falsificado a assinatura. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público Federal (MPF), que decidirá sobre o encaminhamento do caso.
– Espero que apurem e punam o responsável pela fraude – diz Zoinho.
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), líder da bancada do partido na Câmara, disse que pedirá a anulação da sessão:
– Sempre tive a convicção de que aquela votação havia sido fraudada.
Presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) defendeu as investigações, mas destacou que a sessão não será anulada, uma vez que o voto de Zoinho "não interferiu no resultado" (349 dos 513 deputados votaram favoráveis à derrubada dos vetos presidenciais).
Apesar disso, o procurador da República no Distrito Federal, Francisco Bastos, determinou que a Polícia Legislativa da Câmara dê continuidade às investigações. Ao Congresso, foi dado prazo de 60 dias para responder sobre o que ocorreu.
Zoinho e Garotinho são do Estado do Rio de Janeiro, que perde receita com o novo modelo.
Veículo: Diário Catarinense.
Editoria: Política.
