Desta vez, a enchente que atingiu o Vale do Itajaí passou com menos intensidade por Brusque. Ontem à noite, o Rio Itajaí-Mirim, que corta a cidade, atingiu a marca de 7m18cm, às 20h. Com esse nível, as avenidas Bepe Roza e Arno Carlos Gracher (uma em cada margem do rio) foram tomadas pelas águas. Apesar do volume de chuva, a Defesa Civil do município registrou até ontem à noite apenas 26 ocorrências, entre pequenos deslizamentos e alagamentos pontuais, sem gravidade. Ficaram desalojadas 36 pessoas. Um abrigo foi aberto na Arena Brusque, mas até ontem à noite não havia recebido ninguém.
A expectativa da Defesa Civil é de que hoje o dia seja de limpeza das avenidas que margeiam o rio. Por isso, ambas ficarão bloqueadas. Ontem à noite, não havia previsão de quanto tempo duraria esse serviço. A Rua Adriano Schaeffer ficará em mão dupla durante esse período e os motoristas devem ficar atentos ao trânsito na área central.
As aulas das redes municipal e estadual foram suspensas hoje. A determinação da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) também atinge Tijucas, Major Gercino, São João Batista, Canelinha, Botuverá, Nova Trento e Guabiruba. O Centro Universitário de Brusque (Unifebe) e a Uniasselvi/Assevim também cancelaram as atividades.
Queda de barreira em Botuverá
Na vizinha Botuverá, ao atingir o nível de 6 metros, o Rio Itajaí-Mirim deixou 20 famílias isoladas no Bairro Beira-Rio. A ponte de concreto, construída em 2012, foi totalmente coberta pelo rio e moradores se arriscaram pela ponte pênsil. Moradores de duas casas nos bairros Águas Negras e Salto de Águas Negras também foram orientados a deixar o local. Quem vive às margens do rio e de demais ribeirões também precisou sair de casa. Houve também queda de seis barreiras, e duas atingiram a rede elétrica, suspendendo o fornecimento de energia em dois bairros durante a manhã de ontem.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12953.
Editoria: Geral.
Página: 17.