A presidente Dilma Roussef encerrou há pouco o item da sua agenda que previa uma passagem por Itajaí. No auditório da Univali, a universidade local, Dilma assinou as ordens de serviço para ampliação das barragens de Ituporanga e Taió, ambas localizadas no Alto Vale. Ao custo de R$ 42 milhões, investidos igualitariamente pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado, as obras poderão conter em até 20% o volume de água à montante nos períodos de chuva intensa. Outro ato da presidente foi a sanção da lei 2.883/13, que dá oficialmente o caráter de comunitárias às universidades criadas em municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Acompanharam a chefe do Executivo, como já havia acontecido em São Francisco do Sul, no final da manhã, o governador Raimundo Colombo e cinco ministros de Estado: Ideli Salvatti, das Relações Institucionais; Manoel Dias, do Trabalho e Emprego; Francisco José Coelho Teixeira, interino da Integração Nacional; Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário, e Antônio Henrique Pinheiro Silveira, interino dos Portos, além de outras autoridades.
As autorizações para a sobre-elevação das barragens – aumento de dois metros em suas alturas – foi classificada pelo ministro interino da Integração Nacional como "o maior plano de contenção de cheias numa bacia hidrográfica já executado no Brasil". As obras iniciam neste mês e têm 18 meses para serem concluídas (maio de 2015). Em caso de novas enchentes, a previsão é de que, com a elevação das estruturas concluída, haja uma retenção das águas retidas acima das barragens de quase 20%. Isso representará uma redução de até cinco metros no nível dos rios durante as vazantes. O governador Raimundo Colombo lembrou que as obras fazem parte de um pacote que prevê investimentos de quase R$ 1 bilhão em prevenção de cheias no estado, em parceria com o Governo Federal. "É uma obra extraordinária, que nos enche de orgulho e esperança. Todo mundo conhece o histórico das enchentes e das catástrofes no território catarinense ao longo de muitas décadas. Sempre sonhamos com esse momento e agora ele se torna realidade".
A presidente Dilma, em seu discurso, lembrou que o problema das enchentes foi apresentado como prioritário pelo governador Raimundo Colombo e, a partir daí, o projeto que o governo catarinense já tinha em mãos, elaborado pela Agência Jica, passou a ser prioridade também de Brasília. "Sabemos o quanto os desastres naturais podem prejudicar a economia, o patrimônio, além do prejuízo maior, que é a perda de vidas". Acrescentou: "o trabalho que o Colombo tem feito na prevenção desses desastres e no socorro às cidades, quando eles são inevitáveis, é fabuloso".
Universidades comunitárias
Dilma elogiou a concepção das universidades comunitárias, por três aspectos principais: "a interiorização do ensino; o fato de ser comunitária, o que pressupõe a participação da sociedade e a percepção da prioridade que a educação merece". Com a lei enviada pelo Executivo e aprovada no Congresso, "as instituições de ensino superior comunitárias passam a ter sustentabilidade e passam a ter assegurados direitos considerando-se as suas características específicas"
O reitor da Univali, professor Mário Cesar dos Santos, também presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), entregou, representando instituições superiores do Brasil beneficiadas pela lei, uma placa em "reconhecimento ao que fez a presidente".Logo em seguida, de helicóptero, Dilma Roussef seguiu para Florianópolis, para concluir a programação de sua visita a Santa Catarina.
Site: Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina.