A divisão pouco amistosa de Blumenau em 1934 gerou resultado positivo para a economia da cidade e dos municípios criados. O desmembramento teria de acontecer e já era aguardado pelos moradores dos distritos, especialmente os mais distantes. A complexidade de administrar um município com 7,4 mil km² era percebida. Mais cedo ou mais tarde, o desmembramento teria de acontecer, defende a diretora de Patrimônio Histórico de Blumenau, Sueli Petry.
– Os moradores das regiões mais distantes não estavam contentes com a situação. Mas o que levou às manifestações foi a forma como foi feito, sem qualquer tipo de consulta à população – conta Sueli.
A tendência era o desmembramento.
– Imagine controlar uma cidade com este tamanho todo. Não havia como. Certamente foi bom para a economia – defende o ex-prefeito Victor Sasse.
Das 17 cidades que surgiram a partir da divisão de Blumenau feita em 1934, 15 delas têm IDH considerado alto, acima da média brasileira. Elas, juntas, somaram em 2012 um PIB de R$ 5,8 bilhões, o equivalente a 3,5% de tudo o que foi produzido em SC naquele ano. As cidades crescem baseadas em principais vocações. No Médio Vale, têxtil e metalmecânica. Enquanto no Alto Vale a agropecuária, frigoríficos e indústria diversificada alavancam o crescimento dos municípios.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 13094.
Editoria: Política.
Página: 10.
Jornalista: Daniela Matthes (daniela.matthes@santa.com.br).