Municípios podem transformar materiais recicláveis em renda

Só em 2009, o equivalente a R$ 8 bilhões em materiais recicláveis não foram aproveitados. A constatação é resultado do levantamento sobre Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), que avaliou os principais benefícios econômicos e ambientais da reciclagem. A justificativa é de que apenas 13% do lixo produzido no país – aproximadamente 56 milhões de toneladas por ano – é separado por coleta seletiva e consegue retornar para o sistema produtivo na forma de matéria-prima reutilizável.

O levantamento do Ipea indica: por meio de coleta e disposição adequada, boa parte desse material poderia se transformar em insumo, renda e ganhos ambientais. Porém, os dados da pesquisa mostram que 37% do consumo aparente de materiais potencialmente recicláveis reaparecem misturados aos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Para mensurar os benefícios gerados pela reciclagem dos RSU, o Ipea  considerou os seguintes materiais: aço, alumínio, vidro, plásticos e papel. De acordo com o levantamento, se estes resíduos tivessem passado por reciclagem, ao invés de lançado em aterros e lixões, teriam gerado benefícios a sociedade. Em valores estimados, seriam R$ 8 bilhões só em 2009.

Lei de resíduos sólidos

A Lei 12.305/2010, sancionada em agosto, prevê um incentivo para disseminar a cultura da reciclagem. Esta lei institui diretrizes para gestão integrada e gerenciamento ambientalmente adequado dos Resíduos Sólidos. E, entre outras determinações, estabelece que gestão municipal deve desenvolver a coleta seletiva do lixo – reciclável e orgânico. O processo deve ser feito com a participação dos catadores de materiais recicláveis.

Ascom AMMVI com informações do Ipea.

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