Mais de 11 mil pessoas aguardam por um procedimento cirúrgico na região da Associação de Municípios do Vale Europeu (Amve). Este foi o número apresentado pelos prefeitos que, reunidos com o secretário de Estado da Saúde, coronel Aldo Baptista Neto, reivindicaram solução para a fila de espera de cirurgias eletivas. O assunto foi tema da assembleia geral da Amve, realizada na tarde desta quarta-feira (11), em Blumenau. O encontro contou também com a presença do secretário adjunto de Saúde, Alexandre Fagundes.
Para o presidente da Amve, Arão Josino, prefeito de Ascurra, a fila de espera é um grave problema para a região e tem preocupado os gestores municipais. Segundo ele, é necessário que o planejamento hospitalar de Santa Catarina seja cumprido e aconteça um esforço para a efetivação dos procedimentos que impactam na saúde da população.
“As cirurgias eletivas de média e alta complexidade dependem da Secretaria de Estado e, com a pandemia, as filas aumentaram consideravelmente. Nós, prefeitos, em conjunto com os secretários municipais de Saúde, solicitamos ao coronel Neto que, de fato, priorize o atendimento da população que aguarda por cirurgia”, desabafa o presidente da Amve.
As cirurgias eletivas foram suspensas pela Secretaria de Estado da Saúde em março de 2020, quando iniciaram as medidas de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, com o objetivo de reservar o maior número de leitos clínicos, unidades de terapia intensiva e medicamentos para o tratamento de pacientes com a doença. Esta interrupção nas intervenções cirúrgicas resultou em uma grande fila de espera para a população do Vale Europeu.
“Reconhecemos o esforço e os investimentos feitos pelo Estado, também compreendemos que a demanda ficou reprimida por conta da pandemia, mas entendemos que é momento de cobrar do sistema hospital catarinense uma maior agilidade no atendimento à população”, finalizou Arão Josino, presidente da Amve.
Michele Prada, Ascom Amve.