Diante do anúncio informado pela diretoria do Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux, Hospital Azambuja, de encerramento dos atendimentos de urgência e emergência, o poder público municipal de Brusque tomou um decisão inédita, pautada no princípio único de respeito ao cidadão brusquense. O prefeito, Paulo Eccel, decretou Estado de Calamidade e Perigo Público Iminente no Atendimento na Rede Hospitalar do Município e, dessa maneira, a Prefeitura assume a entidade até a data de 31 de dezembro de 2013, passível de prorrogação, garantindo as portas abertas para a população.
Acompanha o documento outro decreto que faz a requisição de todas as instalações do hospital, comprendendo a construção, as instalações físicas, os equipamentos médicos/cirúrgicos, recursos humanos e demais utensílios necessários para o regular funcionamento do nosocômio.
Na ocasião, Eccel anunciou o novo administrador do Hospital, Fabiano Amorim, profissional com vasta experiência em gestão de entidades de saúde, incluindo a Unimed e outros hospitais. O trabalho de Amorim será acompanhado por um Conselho Administrativo formado por dois representantes municipais, sendo Fabiano e a secretária de saúde, Maria Aparecida Morelli Belli, um membro do Governo do Estado, um do corpo clínico do hospital, um da ACIBr, um da Unimed, um do Conselho Municipal de Saúde e um de entidades sindiciais dos trabalhadores.
Paralelo ao trabalho da nova diretoria, uma equipe de auditoria se fará presente para realizar o levantamento da situação do hospital, durante o período em que o controle da entidade estiver sob o Poder Público. O objetivo desse trabalho é identificar a realidade, custos, dinâmicas e avaliar a viabilidade da entidade assim como as possíveis fontes de recursos para mantê-la funcionando.
"Uma decisão dessas não se dá num passe de mágica. Tivemos que segurar a informação desse Plano B, porque nós não acreditávamos que ele seria necessário, até pelo posicionamento da diretoria do hospital na última reunião que tivemos. Foi uma decisão importante do governo porque a todo momento deliberamos sobre atitudes para não deixar a população desprovida. Nós não íamos permitir que a população ficasse sem atendimento em Brusque", considerou o prefeito.
Após o anúncio, a Prefeitura seguiu os trâmites legais, notificando o Hospital e comunicando a 2ª Promotoria de Justiça e Ministério Público sobre a decisão.
Secretaria Municipal de Comunicação Social de Brusque.