Brasil se mantém em 70º no IDH

O Brasil apresentou uma leve melhora, mas manteve a 70ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado ontem. O levantamento leva em conta dados socioeconômicos de 179 países. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor é o resultado.

De acordo com os números, o Brasil atingiu IDH de 0,802 em 2005 e de 0,807 em 2006, ficando em 70º nos dois anos. Em relação ao ranking passado, o Brasil foi ultrapassado pela Venezuela (61º no ranking, IDH de 0,826), que subiu 13 posições; pela Ilha de Santa Lúcia, nas Antilhas (66º, IDH de 0,821); e pela entrada de duas novas nações na lista: Montenegro e Sérvia (64º e 65 º, respectivamente). Em compensação, ultrapassou quatro nações: Rússia, Ilhas Maurício, Bósnia Herzegovina e Tonga.

Com a pontuação obtida no levantamento, o Brasil continua a integrar a lista, hoje já não mais tão seleta, de nações que alcançam alto IDH, acima de 0,800. Isso significa boas condições de renda, saúde e educação.

Novos critérios engordaram lista

Uma revisão na metodologia do estudo, que agora leva em conta a contagem do Produto Interno Bruto Internacional, ajudou a inchar a categoria mais alta do IDH e subir de posições países como Venezuela, Equador e Casaquistão. Com critérios cada vez mais brandos, a lista de países com alto IDH, que na década de 1990 reunia não mais do que 35 nomes, hoje conta com 75 integrantes.

Na América Latina, 12 países têm desempenho superior ao IDH brasileiro, entre eles Chile (40º no ranking, IDH de 0,874) , Argentina (46º, IDH de 0,860), Uruguai (47º, IDH de 0,859), México (51º, IDH de 0,842) e Venezuela.

Outras 16 nações da região ficam abaixo do Brasil no ranking, como Colômbia (80º, IDH de 787), Paraguai (98º, IDH de 0,752), Bolívia (111º, IDH de 0,723) e Haiti (148º, IDH de 0,521). 

O que é IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tenta juntar num único indicador três dimensões importantes do desenvolvimento humano: educação (alfabetização e taxa de escolarização), saúde (expectativa de vida) e renda (PIB per capita). Quanto mais próximo de 1 for seu índice, melhor é o desempenho de um país.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8291.
Editoria: Geral.
Página: 34.