Promovido pelo governo a "instrumento anticrise", o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve seus orçamentos elevados em 28,2% até 2010 e em 165,4% para o período pós-2010.
Segundo a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governo pretende antecipar a realização de obras do PAC como uma das medidas para enfrentar os efeitos da crise no Brasil.
"Nos importa antecipar obras e garantir um ritmo mais acelerado para enfrentarmos a crise", afirmou. "O PAC tem um claro viés anticíclico e tem condições de sustentar um patamar de crescimento maior mesmo com a desaceleração provocada pela crise".
Durante o anúncio, Mantega admitiu que o Brasil pode crescer menos do que os 4% definidos como meta para 2009. "Vamos perseguir ao máximo os 4%. Não é algo que vamos necessariamente acertar na mosca, podemos crescer 3,5% ou um pouco mais."
Para isso, além do PAC, ele disse que o governo utilizará instrumentos fiscais, como desoneração tributária, para estimular a economia e atingir o maior nível de crescimento possível. As previsões dos bancos são bem mais pessimistas. A aposta é de uma expansão de 1,8%.
Para o período após 2010, o governo elevou o volume de investimentos no PAC em R$ 313 bilhões, passando de R$ 189,2 bilhões para R$ 502,2 bilhões. O volume pós-2010 terá R$ 36,2 bilhões para logística, R$ 464 bilhões para energia e R$ 2 bilhões para infraestrutura social e urbana.
Veículo: Jornal A Notícia.
Editoria: Economia.
Página: 19.
Jornalista: Robson Bonin (robson.bonin@gruporbs.com.br).