FLORIANÓPOLIS – Dos 548 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina, 85 estavam ocupados sexta-feira por pessoas infectadas pelo vírus da gripe A.
A Secretaria de Estado da Saúde não informou quantos dos 463 leitos restantes estavam ocupados com qualquer outro tipo de doença ou quantos estão disponíveis para pessoas com a nova gripe.
O número de internações por H1N1 em UTI cresce no Estado. No dia 13, início do levantamento da secretaria, eram 57 internações.
A coordenadora da Central de Regulação Estadual de Leitos de UTI, Gladys Lentz Martins, disse que, se houver necessidade desse tipo de leito, o Estado pode pagar hospitais particulares.
– Estamos trabalhando para viabilizar o máximo de leitos – destacou.
A quantidade de pacientes que passaram pela UTI e receberam alta também não foi divulgada.
Atualmente, o levantamento dos dados é feito por telefone e depende da disponibilidade dos hospitais em repassar as informações. Por causa da evolução da gripe A, deve ser implantado um sistema online.
– A implantação do sistema online não depende só da gente. Imaginamos que em duas ou três semanas vamos conseguir implantá-lo – disse Gladys.
Segundo a coordenadora, a central funciona 24 horas por dia. A checagem de mortes de pacientes que estavam em leitos de UTI, outros que ocupam e os que têm alta é feita duas a três vezes por dia, por telefone.
No Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, os leitos de UTI passaram de cinco para 10 em razao da pandemia. O aumento ocorreu em julho, segundo o diretor do hospital, Antonio Miranda.
Referência em doenças infecto-contagiosas e pulmonares, só pacientes com suspeita de H1N1 foram internados. Os encaminhamentos foram feitos pela Central de Regulação.
De acordo com o diretor, a maior parte dos pacientes que chegou à UTI do hospital teve a doença com quadro clínico grave.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11712.
Editoria: Geral.
Página: 17.