Os exames de gripe A começaram a ser feitos ontem pelo Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), que deu início ao trabalho com 300 amostras para serem analisadas.
A meta de aprontar os testes em 72 horas vai acelerar o diagnóstico, que atualmente pode levar um mês. Há 3,7 mil exames catarinenses na fila de espera do laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para onde as amostras eram enviadas até a última quinta-feira.
De acordo com João Daniel Filho, diretor do Lacen, em Florianópolis, onde serão feitos os testes, é possível que algumas dessas amostras retornem para o Estado. Ele disse que a negociação com a instituição carioca dependerá da demanda da Fiocruz e do andamento do trabalho no Lacen.
– A prioridade é contemplar os exames de quem já morreu, de pacientes internados em UTI, de gestantes e dos que se enquadram no grupo de risco, como transplantados e diabéticos – ressaltou.
O Lacen deve realizar 40 exames diários. No primeiro dia, os funcionários agilizaram as etapas iniciais do processo. Adiantaram o trabalho com amostras para que a meta seja cumprida nos próximos dias.
Com a chegada do segundo PCR Real Timer, equipamento usado para amplificar as amostras e analisar se o material coletado é realmente de um paciente portador do vírus H1N1, a expectativa é de que sejam feitos de 80 a cem testes por dia. O aparelho chegará no início da semana que vem, quando os quatro bioquímicos e os quatro técnicos envolvidos no trabalho deverão estar acostumados com o processo para poder torná-lo mais rápido.
– As pessoas precisam entender que a pressa no diagnóstico não é o fundamental agora. Quem está mal, está medicado com Tamiflu. O que mais se comemora neste momento é que a realização dos exames aqui permite que se conheça melhor o vírus e que, com isso, possa haver mais prevenção no futuro – disse a bioquímica Sandra Bianchini.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8556.
Editoria: Geral.
Página: 23.
Jornalista: Mariana Ortiga.