Mais mulheres vítimas da doença no Estado

Um relatório preliminar sobre o comportamento do vírus H1N1 em Santa Catarina aponta para a redução no número de casos suspeitos. De acordo com o documento divulgado ontem à tarde, as mulheres são as principais vítimas da gripe A e representam 58% dos exames confirmados. Das 52 pessoas que morreram no Estado, dez estavam grávidas.

Até o dia 13 deste mês foram realizados 1.023 exames laboratoriais. Deste total, 44,6% foram positivos para a nova gripe e 55,4% negativos. A Secretaria do Estado da Saúde ainda aguarda o resultado de 4.025 casos que estão em investigação, sendo que a maioria está no Rio de Janeiro, na Fundação Oswaldo Cruz. Dos casos confirmados em SC, 71% se referem a pacientes entre 15 e 49 anos.

"Apesar de o período mais crítico de transmissão da doença já ter passado, eu faço um apelo aos cidadãos e agentes de Saúde para que continuem em estado de vigilância", destacou o secretário de Estado da Saúde, Dado Cherem. Entre as medidas executadas para enfrentar a gripe no seu período de pico, no dia 25 de agosto, foram distribuídos cerca de 30 mil tratamentos de Tamiflu para uso adulto e 4.200 para uso pediátrico. Foram investidos R$ 600 mil no Laboratório de Saúde Pública (Lacen), que já conta com 41 resultados desde o início dos exames (8 de setembro).

"A população não pode se deixar levar pela falsa ilusão de que o problema acabou. Os cuidados com a transmissão das doenças respiratórias e síndromes gripais devem ser permanentes. As pessoas precisam procurar atendimento médico assim que perceberem sintomas", destacou Cherem.

Estratégia de imunização é avaliada

Durante o encontro, o secretário Dado Cherem antecipou a expectativa de Santa Catarina sobre a vacina contra a gripe A. Segundo ele, os Estados do Sul merecem uma estratégia de imunização mais abrangente e proporcional ao número de internações e mortes.

"Queremos participar da discussão sobre o perfil epidemiológico de quem deve receber a vacina. Na região Sul, a maior incidência da doença tem sido em adultos jovens", explicou.

A única decisão sobre o assunto é que os profissionais de saúde, por terem contato estreito e contínuo com as gripes, receberão a vacina assim que ela começar a ser distribuída no Brasil.

Estiveram presentes no encontro diretores e superintendentes da Secretaria de Estado da Saúde.

Veículo: Jornal A Notícia.
Editoria: Geral.
Página: 10.