A Lei de Diretrizes e Bases da Educação justifica a mudança com base na premissa de que os municípios, melhor que as secretarias estaduais, saberiam adaptar os currículos às necessidades específicas da região e solucionar mais rapidamente problemas pedagógicos. Especialistas em Educação de Blumenau endossam o argumento.
– Uma gestão mais próxima dos alunos é capaz de atender melhor e mais rápido as necessidades da comunidade escolar – avalia a coordenadora do curso de Pedagogia da Furb e mestre em Educação Elenir Roders Budag.
Porém, na prática isso só funciona se houver uma redistribuição de recursos, destaca a mestre. Ao ganhar mais alunos, as escolas municipais precisarão de mais verba. Julianne Fischer, que também é mestre em Educação e professora universitária, aponta outro aspecto positivo da municipalização. Ao absorver o Ensino Fundamental, o município poderá desenvolver uma proposta pedagógica contínua da Educação Infantil ao final do Ensino Fundamental. Desta forma, não haveria interrupções no método de ensino e no caminho do aprendizado que o aluno irá percorrer.
– Isso proporciona ao aluno um aumento gradual do conhecimento científico – complementa Julianne.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11790.
Editoria: Geral.
Página: 12.