BRUSQUE – Quatro pontes destruídas, 2 mil pessoas afetadas direta ou indiretamente, 48 desalojados, 29 deslizamentos de terra. E ainda queda de árvores e transbordamento do Rio Itajaí-Mirim, que deixou a Avenida Beira-Rio com lama, folhas, galhos e troncos de árvores espalhados. Esse é o saldo deixado pela chuva até a noite de ontem em Brusque. Trechos da Beira-Rio ficaram interditados o dia todo e funcionários da prefeitura faziam a limpeza das calçadas e da avenida. No início da manhã, agentes da Defesa Civil do município retiraram 48 pessoas de casas que ficam nas encostas dos morros.
O diretor do órgão, Eliseu Müller Júnior, explica que a preocupação maior em Brusque são os deslizamentos:
– O nível do Rio Itajaí-Mirim chegou a 5,90 m no domingo à noite e houve transbordamento. Mas o nível de alerta é de 6,50 m e ele está baixando. Nosso problema são os deslizamentos e as áreas de risco. O trabalho está concentrado nisso.
As famílias foram deslocadas para casas de amigos e familiares e para o abrigo montado pela prefeitura na Arena Brusque, no Centro. De acordo com o diretor da Defesa Civil, as secretarias da Saúde e Assistência Social estão mobilizadas para prestar atendimentos às vítimas das chuvas. Não houve feridos.
– Se preciso, abriremos abrigos nos bairros, mas acreditamos que não haverá essa necessidade. O abrigo é algo provisório. Vamos avaliar a situação de cada um, pois as áreas são de risco. A prefeitura pode locar imóveis até a situação normalizar – avalia Júnior.
Para o prefeito Paulo Eccel (PT), a situação dos municípios vizinhos deixa Brusque em estado de alerta:
– Nossa maior preocupação são as águas que podem vir de Vidal Ramos e Botuverá, porque isso acarretará em alagamentos. Já tivemos deslizamentos em 16 bairros, pontes destruídas e morros deteriorados. De qualquer forma, sabemos da nossa capacidade de resistência. Vamos reconstruir.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11923.
Editoria: Geral.
Página: 14.