BRASÍLIA – A arrecadação federal bateu recorde em 2010. Segundo números divulgados pela Receita Federal ontem, as receitas no ano passado somaram R$ 826,065 bilhões, alta de 9,85% em relação a 2009 descontada a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O desempenho em dezembro também foi recorde. Foram arrecadados R$ 90,882 bilhões, o melhor resultado mensal da história. Foi a primeira vez que, no período de um mês, a arrecadação ultrapassou a marca dos R$ 90 bilhões. O aumento em relação a dezembro de 2009 foi de 16,17%, descontado o IPCA.
De acordo com a Receita Federal, o recorde ocorreu principalmente por causa da recuperação da economia em 2010, que impulsionou a produção industrial, as vendas e a massa salarial, que estão relacionadas, respectivamente, à arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do PIS/Cofins e da contribuição previdenciária. O fim das desonerações que vigoraram em 2009 e o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações financeiras de estrangeiros no país também contribuíram.
Imposto com maior crescimento percentual foi o IPI de automóveis
Se forem consideradas apenas as receitas administradas diretamente pela Receita Federal, a arrecadação em 2010 somou R$ 798,539 bilhões, alta real de 10,4% em relação a 2009. Esse crescimento está dentro das estimativas da Receita Federal, que projetava aumento real de 10% a 12% nas receitas administradas, que excluem a arrecadação feita por outros órgãos, como royalties e depósitos judiciais.
Em termos percentuais, os impostos cuja arrecadação mais cresceu em 2010 foram, nesta ordem, o IPI para automóveis, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e o IOF. Em valores absolutos, o maior crescimento correspondeu à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com alta real de R$ 16,3 bilhões.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12120.
Editoria: Economia.
Páginas: 7.