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Enquanto munícipios como Guaraciaba, Seara e Massaranduba afirmam que as novas creches vão acabar com a fila de espera, em Florianópolis, a única a ser construída vai resolver parte do problema e em apenas um bairro. Na Capital, são 2,4 mil crianças esperando por uma vaga e a creche nova, em Canasvieiras, vai oferecer apenas 240. O volume não é suficiente para atender nem o próprio bairro, onde há 300 crianças aguardando. Um dos principais problemas que barram a construção de creches é o terreno, que deve ter 2,8 mil metros quadrados, segundo o MEC.

– Não se trata mais de pegar uma terreninho e fazer uma crechezinha. As creches precisam de instalações adequadas e profissionais qualificados – observou o presidente da regional Sul da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Rodolfo Pinto da Luz.

Outro motivo que explica as longas filas de espera é que, até o início da década de 1990, frequentar uma creche era uma questão assistencial. Só em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases, é que os anos que antecedem o ensino fundamental foram definidos como primeira etapa da educação básica. A educação infantil ficou responsável pelo desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social das crianças. A mudança foi ditada por transformações na família, onde as mães começaram a encarar o mercado de trabalho.

– Isso é fato relativamente recente. O Brasil não estava preparado para isso e o que vemos é esse atraso – ressalta Luz.

50% das crianças até três anos é a meta de atendimento no país, até 2020.

Saiba mais (anexo).

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9171.
Editoria: Geral.
Página: 22.
Jornalista: Julia Antunes (julia.antunes@diario.com.br).