A maioria das obras suportou a enchente

Parte das obras de contenção de encostas e galerias feitas depois da tragédia de 2008 deram conta do recado em 2011. O Santa foi ontem em oito locais reestruturados no pós-tragédia. Pelo menos seis foram aparentemente eficientes, mesmo com a chuva constante e a enchente da última semana, quando o nível do Rio Itajaí-Açu chegou aos 12,60 metros.

Dos muros de contenção que resistiram aos estragos deste ano estão o da Via Expressa e um na Rua República Argentina, além do reforço ao lado da cabeceira da Ponte Adolfo Konder, na Avenida Beira-Rio, no Centro. As galerias da Rua Itajaí, em frente ao Sesi, e da Rua 2 de Setembro, também foram eficazes. O Sesi, que fez investimento próprio numa galeria interna, passou ileso pela enchente, assim como a região no entorno.

No entanto, há obras que apresentaram falhas e outras que aguardam uma solução desde 2008.

Na BR-470, das duas maiores estruturas contra deslizamentos de terra, nos Kms 45 e no 15, a primeira não surtiu o efeito esperado. O barro foi mais forte e venceu o muro, bloqueando a pista entre os dias 7 e 8 de setembro.

Por meio da assessoria de comunicação, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que a formação geológica diferente foi o que afetou o Km 45 e impediu que houvesse deslizamento de terra no Km 15.

Outra medida para segurar a encosta que também foi ineficiente foi no Bairro Progresso. O muro que fica no fundos do cemitério, na Rua Progresso, teve pelo menos duas quedas de barreira semana passada. A rua ficou parcialmente bloqueada. De acordo com o superintendente Regional do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Magno de Andrade, não é possível dizer o que ocorreu na Rua Progresso sem fazer uma avaliação do local.

– Estamos fazendo levantamentos sobre problemas que surgiram após a enchente. Engenheiros visitarão os locais para verificar o que pode ser feito – explica Andrade.

Uma obra ainda está pendente na Água Verde

Há quase três anos, os moradores da Rua Julio Rudger Senior reivindicam o conserto de uma galeria pluvial que estourou com a pressão da água na época. Desde então, a rua segue interditada. Anderson Luis Ceruti, que mora há 28 anos no local, conta que a comunidade já pediu que a prefeitura substituísse a galeria, o que ainda não aconteceu.

O secretário de Obras, Alexandre Brollo, explica que o Ministério da Integração liberou dia 20 de agosto o conserto da rua na Água Verde. Neste momento, está sendo feito o orçamento do projeto. A estimativa é que em outubro seja feita a licitação da obra.

– Fizemos tudo o que poderia ser feito enquanto não era aprovado pelo ministério. Trocamos tubulação, aterramos, mas com as enxurradas o trabalho se deslocou – conta Brollo. 

Data: 16 de setembro de 2011
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12364
Editoria: Geral

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