O Estado admite que a solução para o Vale do Itajaí seria construir novas barragens e aumentar as condições das já existentes – a de Taió foi inaugurada em 1973, a de Ituporanga, em 1976, e a de José Boiteux, em 1992 (as grandes enchentes em Blumenau foram em 1983 e 1984). O presidente do Deinfra, Paulo Meller, estima que essas obras custariam entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões. Ele considera que execuções dependem de um grande pacote e de verbas federais. Meller diz que, de 2008 para cá, houve investimentos estruturais. Cita a automatização das três barragens cujo sistema antes era manual. Para o presidente, os reservatórios funcionaram bem e possibilitaram que as cheias no Vale evoluissem de forma lenta.
Meller disse que é necessário aumentar as cotas dos reservatórios nas barragens de Ituporanga (em quatro metros) e Taió (dois metros). A barragem de José Boiteux, a mais nova das três, precisa de ajustes técnicos e não necessariamente da elevação da capacidade de reserva de água, relatou.
Ações de prevenção exigirão investimento de R$ 200 milhões
O governo informou que ainda estão em andamento os estudos com especialistas japoneses da Jica para ajudar a conter as cheias. Nos próximos dias, um plano de ação para o Vale será apresentado ao governador Raimundo Colombo. As ações de prevenção são para 10 anos e exigirão investimentos de R$ 200 milhões. A parceria que o governo se refere com os japoneses ressurgiu apenas em 2008, depois da enchente de 22 de novembro. As autoridades estaduais esperam hoje o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, que deve tratar de agilizar os planos e recursos.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12321.
Editoria: Geral.
Página: 10.